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gato por lebre

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gatogato
( ga·to

ga·to

)
Imagem

ZoologiaZoologia

Mamífero (Felis catus) digitígrado, da ordem dos carnívoros, tipo da família dos felídeos, de que há várias espécies, uma das quais é o gato doméstico.


nome masculino

1. [Zoologia] [Zoologia] Mamífero (Felis catus) digitígrado, da ordem dos carnívoros, tipo da família dos felídeos, de que há várias espécies, uma das quais é o gato doméstico.Imagem

2. Vergalhão de ferro com espigões (grampo) para manter unidas as pedras das paredes.

3. Pedacinho de arame com que se conserta louça partida.

4. Peça de ferro em forma de grampo, entre a qual e a madeira da porta joga a tranqueta da aldraba.

5. Utensílio de tanoeiro para arquear as vasilhas.

6. Peça de ferro com que se endireitam as aduelas.

7. [Caça] [Caça] Ferro com um gancho para caçar.

8. Excesso de carne na parte superior do pescoço das cavalgaduras. (Também se diz gato carnoso.)

9. [Portugal: Trás-os-Montes] [Portugal: Trás-os-Montes] Erro, engano.

10. Troca de uma palavra ou de uma letra por outra, num texto escrito.

11. [Portugal: Alentejo] [Portugal: Alentejo] Pele preparada, em forma de odre, para levar vinho.

12. Pedaço de fazenda que o alfaiate furta ao freguês.

13. [Marinha] [Marinha] Gancho de que se dependura um moutão.

14. [Portugal: Trás-os-Montes] [Portugal: Trás-os-Montes] Mentira.

15. [Brasil, Informal] [Brasil, Informal] Desvio ou prolongamento ilegal de um ponto de fornecimento de energia eléctrica (ex.: fazer um gato). = GAMBIARRA


adjectivo e nome masculinoadjetivo e nome masculino

16. [Brasil, Informal] [Brasil, Informal] Que ou o que é fisicamente atraente (ex.: ela é muito gata; o namorado é um gato).


aqui há gato

Expressão que indica suspeitas ou dúvidas relativamente a alguma coisa. = AQUI HÁ COISA

como gato por brasas

Ao de leve, superficialmente.

gato escondido com o rabo de fora

[Informal] [Informal] Coisa que se quer escondida, mas que é descoberta por um pormenor, um descuido.

gato por lebre

Com engano, dando ou recebendo algo com qualidade inferior ao que é esperado (ex.: comprou gato por lebre; não deixe que lhe vendam gato por lebre).

não poder com um gato pelo rabo

[Informal] [Informal] Estar exausto, sem força física. = NÃO PODER COM UMA GATA PELO RABO

etimologiaOrigem etimológica:latim cattus, -i.
Colectivo:Coletivo:Coletivo:bichanada, gataria, gatarrada.

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Dúvidas linguísticas



Não será a palavra revivalismo portuguesa? Porque não existe no dicionário? Será um estrangeirismo? Mas quantos não foram já "absorvidos" por tão correntes no português escrito e falado?
A palavra revivalismo, apesar de não se encontrar na nomenclatura do Dicionário Priberam da Língua Portuguesa, encontra-se registada noutros dicionários de língua portuguesa como, por exemplo, o Dicionário da Língua Portuguesa Contemporânea (Academia das Ciências de Lisboa/Verbo, Lisboa, 2001). Deriva da palavra inglesa revivalism e refere-se ao ressurgimento de ideias, modas ou tendências que fizeram parte do passado.



Qual a forma correcta para as seguintes expressões (de ou em): saia de/em ganga; colete de/em seda; camisa de/em algodão.
Do ponto de vista linguístico, as expressões apontadas (saia em ganga ou saia de ganga, colete em seda ou colete de seda, camisa em algodão ou camisa de algodão) estão correctas, pois ambas as preposições de ou em podem ser utilizadas para indicar a matéria que constitui algo. Esta informação sobre o uso das preposições nestas expressões pode ser atestada em obras de referência para o português, nomeadamente em dicionários gerais de língua como o Dicionário da Língua Portuguesa Contemporânea da Academia das Ciências de Lisboa (Lisboa: Editorial Verbo, 2001) ou o Grande Dicionário Língua Portuguesa (Porto: Porto Editora, 2004).

Alguns autores, por vezes denominados puristas da língua, consideram erróneo o uso da preposição em para indicar matéria, com o único argumento de que se trata de uma construção típica do francês. Sendo o francês uma língua românica como o português, esta comparação parece ser insuficiente para desaconselhar o seu uso. A par deste facto, esta utilização da preposição em tem curso generalizado em português, como se pode verificar pela pesquisa em corpora ou em motores de busca da internet.

A este respeito, veja-se a informação veiculada pela Moderna Gramática Portuguesa, de Evanildo BECHARA (Rio de Janeiro: Editora Lucerna, 2002, pp. 315-316), que refere o uso da preposição em para denotar estado, qualidade ou matéria (com os exemplos General em chefe. Ferro em brasa. Imagem em barro. Gravura em aço), informando em observação que “tem-se, sem maior exame, condenado este emprego da preposição em como galicismo”.

Adicionalmente, a utilíssima Gramática Descriptiva de la Lengua Espanõla da Real Academia Española, dirigida por Ignacio BOSQUE e Violeta DEMONTE (Madrid: Espasa, 1999), depois de considerar que a preposição en, equivalente à preposição em portuguesa, pode indicar conceitos de formato, preço, especialidade, aspecto ou matéria, apresenta uma observação que se aplica igualmente em português: “El uso de en para denotar materia no es el más normal en español. Esta noción corresponde a la preposición de, es decir, que hablaremos de un vestido de lana, una estatua de bronce, un cubo de plástico, mas bien que de un vestido en lana, etc. No obstante, en algunos casos, por motivos de claridad, será conveniente el empleo de en, como botella de un litro en plástico, bolsa para la compra en nylon, etc.” (vol. 1, 10.8.3, p. 672-673).